Quais são os principais benchmarks do mercado?

Os benchmarks financeiros são fundamentais para avaliar o desempenho de investimentos. Entenda como eles funcionam e quais são os mais importantes para diferentes estratégias

No universo dos investimentos, benchmarks são amplamente utilizados como referência para avaliar o desempenho de ativos ou fundos. Eles funcionam como um parâmetro que permite a investidores, consultores e gestores de fundos analisar se suas estratégias estão atingindo os resultados esperados em relação ao mercado.

Agora, vamos explorar os principais benchmarks do mercado e seu papel nas finanças. 

Este texto não se trata de uma indicação de investimento. Para decisões financeiras importantes, é essencial consultar um profissional de finanças ou uma assessoria de investimentos, que pode fornecer orientações personalizadas.

Quais são os principais benchmarks do mercado?

Principais benchmarks do mercado

No mundo dos investimentos, existem vários benchmarks que podem ser acompanhados, sendo que boa parte deles depende da sua estratégia. Os benchmarks mais acompanhados pelos investidores brasileiros incluem IBOVESPA, IPCA, Selic e Taxa DI, enquanto a PTAX é importante principalmente para investimentos em moeda estrangeira. Conheça mais sobre eles a seguir!

1. IBOVESPA

O IBOVESPA (Índice Bovespa) é o principal termômetro do mercado de ações brasileiro. Ele representa uma carteira teórica das ações mais negociadas na B3, oferecendo um retrato da performance geral do mercado.

Com revisão trimestral, o índice é usado como referência por fundos de ações, especialmente aqueles que buscam replicar ou superar o desempenho das principais empresas do país. A gestão passiva utiliza índices como o IBOVESPA para ETFs que acompanham o desempenho das principais ações brasileiras. Enquanto outros ETFs podem seguir índices de renda fixa ou até mesmo internacionais.

2. IPCA

O instrumento oficial que mensura a inflação em nossa nação é o IPCA, ou, por extenso, Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o qual é contabilizado pelo IBGE. Ele é um benchmark fundamental para investimentos em renda fixa, especialmente os que visam proteger o capital da perda de poder de compra causada pela inflação. 

Títulos como o Tesouro IPCA+ são atrelados a esse índice, tornando-o essencial para estratégias focadas em manter o valor real dos ativos.

3. Taxa Selic

A Selic é a taxa básica de juros no Brasil e impacta diretamente vários tipos de investimento, especialmente os de renda fixa. Quando a Selic aumenta, o rendimento de ativos como o Tesouro Selic também cresce. 

Esse índice serve como um benchmark importante para produtos financeiros focados em segurança e liquidez, além de influenciar o crédito, consumo e o mercado de renda variável de maneira indireta, se tornando um dos índices mais importantes do Brasil. Em fundos de renda fixa, a performance costuma ser comparada à Selic. Isso ajuda a avaliar se os rendimentos estão alinhados ao cenário econômico.

4. Taxa DI (CDI)

A Taxa DI, ou CDI (Certificado de Depósito Interbancário), reflete os juros das operações entre bancos e é amplamente usada como benchmark de rentabilidade na renda fixa. 

Fundos que prometem “100% do CDI”, por exemplo, referem-se a uma rentabilidade igual a esse índice. É um dos benchmarks mais populares, especialmente porque está frequentemente associado a produtos como CDBs e fundos de investimento conservadores.

5. PTAX

A PTAX é a taxa de câmbio média diária calculada pelo Banco Central, usada como referência para operações cambiais e contratos financeiros, como futuros de dólar e liquidação de derivativos.

Esse benchmark é essencial para investimentos relacionados a moedas estrangeiras, como o dólar, servindo de base para proteger ou especular contra variações cambiais. 

Investidores com exposição ao mercado internacional consideram a PTAX para decisões estratégicas que envolvem conversão de moeda.

Como benchmarks são usados em fundos de investimento?

Fundos de investimento utilizam benchmarks para comparar sua performance. Por exemplo, um fundo de ações pode almejar superar o IBOVESPA, enquanto um fundo de renda fixa pode buscar superar o CDI. 

A escolha do benchmark deve estar alinhada ao objetivo do fundo, garantindo transparência e uma métrica clara para o investidor avaliar se está obtendo retornos adequados.

Como escolher o melhor benchmark?

Escolher o benchmark certo é uma etapa essencial para qualquer investidor que deseja medir o desempenho dos seus investimentos de forma objetiva e alinhada às metas financeiras. 

Um bom benchmark serve como referência, permitindo que você avalie se os retornos obtidos estão realmente compatíveis com o mercado ou com outros investimentos semelhantes. 

Para isso, entenda o que você espera alcançar com seu investimento. Se o foco é proteger o poder de compra ao longo do tempo, indicadores de inflação, como o IPCA, podem ser boas referências. 

Já se o objetivo é obter bons rendimentos em aplicações de renda fixa, acompanhar o CDI será mais relevante, pois reflete a rentabilidade média das aplicações nesse setor.

Referências

https://blog.genialinvestimentos.com.br/o-que-e-benchmark-e-por-que-o-rendimento-relativo-importa